As tardes estão lindas.
E mesmo com o barulho dos pedreiros e marceneiros, fico feliz, agradecido e honrado de estar onde estou. E se estou é porque tenho que estar.
O verde é lindo. O lilás é lindo. O amarelo é lindo - e ainda tira o medo.
Medo de quê? Ah...
Mil medos. De não me apaixonar de novo, de não conseguir sozinho, de ficar feio, de endurecer, de esfriar.
À caminho de um ciclo que se fecha (não, meus amores, não ta nada fechado ainda - NADA), me preparo quase como um monge pro que há de vir. E há de vir. Virá!
Estou ficando pronto pro novo. Com uma dor no ombro aqui, uma cicatriz nova acolá, mas juntando os pedaços de mim que se espalharam por aí. E afinal de contas, estar pronto é tudo, né? E quem de nós pode dizer que está pronto?
Ah! E que seja doce! Não muito pra não enjoar. Mas que seja doce! Doce...
